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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os primeiros selos portugueses, em 1853










Portugal aderiu ao sistema de colocação de selos nas cartas, postais e encomendas, no reinado de D. Maria II. Os primeiros selos portugueses começaram a circular em 1.Julho.1853, com as taxas de 5 e de 25 réis, respectivamente castanho avermelhado e azul esverdeado. Pouco depois, ainda no mesmo mês, foram emitidas as taxas de 50 e 100 réis, em verde e em lilás. Apresentam, todos, a efígie (cabeça, rosto) da Rainha D. Maria II e foram gravados por Francisco Borja Freire.

O bilhete postal dos Correios


E aqui podes ver dois exemplares de postais dos Correios dos primeiros tempos. Podiam enviar-se para todo o país, Açores e Madeira, para além de Espanha. No lado oposto, o postal estava em branco. Era aí que se escreviam as mensagens, tal como hoje. Que tal ires ao correio da tua zona comprar um Bilhete Postal e fazeres uma surpresa aos teus pais, enviando-lhes um?

Uma caixa de correio de 1896

Uma caixa de correio de 1896. Não muito diferente das de hoje, tirando a cor e o tipo de letras...

O telefone

















O telefone foi outro dos meios de comunicação que permitiram uma maior facilidade de contactos entre as pessoas na segunda metade do século XIX. Claro que não tinham o aspecto dos de hoje...

Telégrafo, telegrafia...








Se clicares na imagem, poderás ver o telégrafo a trabalhar.



Nota da Wikipedia:


A telegrafia foi inventada por Samuel Finley Breese Morse, nascido em 27 de Abril de 1791, em Charlestown, Massachusetts, Estados Unidos.

Estudou no Yale College, onde se interessou por electricidade. Em 1832, durante uma viagem de navio, participou de uma conversa sobre o electroímã, dispositivo ainda pouco conhecido. Em 1835 construiu finalmente seu primeiro protótipo funcional de um telégrafo, pesquisando-o até 1837, quando finalmente passou a dedicar-se inteiramente ao seu invento. Em meados de 1838 finalmente estava com um código de sinais realmente funcional chamado Código Morse.


















Conseguindo em 1843 recursos financeiros para seu invento através do Congresso norte-americano, em 1844 foi terminada a primeira linha telegráfica ligando Baltimore a Washington, DC, quando se deu a primeira transmissão oficial cuja mensagem foi: "What hath God wrought!" (Que obra fez Deus!)

Samuel Morse faleceu em 2 de Abril de 1872, em Nova York.

Ainda hoje o Código Morse é utilizado no mundo inteiro pelo radioamadorismo.


















Nesta imagem do jornal Harper's Weekly, de 24.Janeiro.1863, vemos soldados do Exército dos Estados Unidos da América estendendo linha para a construção de mais um troço de telégrafo.

A Mala-Posta














Do site do Museu das Comunicações:

A Mala-Posta surgiu em Portugal inserida no processo de extinção do Ofício do Correio-Mor, que durante cerca de dois séculos esteve na posse da família Gomes da Mata, passando a ser explorado pelo Estado em 1797.

Nessa altura, na maior parte dos países europeus, os correios a pé ou a cavalo tinham já dado lugar ao transporte em carruagem e abrangiam também o transporte de passageiros.

Foi José Mascarenhas Neto, ao ser nomeado para o cargo de Superintendente Geral dos Correios e Postas do Reino, que instituiu o serviço da Mala-Posta. São de sua autoria o «Methodo para construir as Estradas de Portugal» e as «Instruções para o estabelecimento das Diligências entre Lisboa e Coimbra». Este regulamento estabelecia, além das normas de conduta que envolviam pessoal e passageiros, os percursos, as paragens e respectivos horários, nas «Estalagens» e «Casas de Posta», que deveriam ser assinaladas com as Armas Reais.

Com António Fontes Pereira de Melo à frente do Ministério das Obras Públicas, a partir de 1852, operam-se grandes remodelações nos serviços de comunicações. É utilizado o método «Mac-Adam» na estrada Lisboa-Porto, são adquiridas novas carruagens francesas e novos cavalos. As estações de muda também sofrem alterações, passando a ter um estilo arquitectónico tipificado e a servir também para os viajantes cearem e pernoitarem.

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Mala-Posta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda.

Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, muito embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do Viajante» da época.

Os percursos da Mala-Posta:

1º- De 1798 a 1804
Mala-Posta de Lisboa a Coimbra

2º- De 1826 a 1831
- Mala-Posta de Vila Nova da Rainha às Caldas da Rainha: 1826 a 1827
- «Reais Diligências de Posta» entre Aldeia Galega e Badajoz: 1829 a 1831

3º- De 1852 a 1871
- Mala-Posta e Diligências entre Porto, Braga e Guimarães: 1852 a 1871
- Mala-Posta de Aldeia Galega a Badajoz: 1854 a 1863
- Mala-Posta de Lisboa ao Porto: 1855 a 1864

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Industrialização - O comboio


Um comboio à antiga (a vapor, claro), em viagem entre a Régua e Vila Real, no ano de 2001. Verdadeira peça de museu, ainda em uso, muito estimada por turistas nacionais e estrangeiros.

Industrialização - Máquina a vapor


Eis um pequeno mas elucidativo filme que nos mostra o modo de funcionamento da máquina a vapor. Simples e eficaz, era aplicado a comboios, barcos, máquinas agrícolas, máquinas em fábricas, etc.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Fontes Pereira de Melo e o "fontismo" - 4

Eis uma imagem que conheces bem, existente no teu manual de História do 6.º ano, mas aqui com muito melhor qualidade. Como te recordas, retrata a primeira viagem de comboio, de Lisboa ao Carregado, em 28.Outubro.1856, no reinado de D. Pedro V, por iniciativa de Fontes Pereira de Melo.

Sobre a história desse grande motor de desenvolvimento que foram e ainda são os caminhos-de-ferro em geral, encontras muito material na internet.

Para o confirmares, sobretudo no que se relaciona com Portugal, clica em caminhos-de-ferro. Gostaste? Então, volta a clicar em... caminhos-de-ferro...

E, já agora, clica em "fontismo"...

Fontes Pereira de Melo e o "fontismo" - 3











Fontes Pereira de Melo teve a atenção dos caricaturistas da sua época, sobretudo a de Rafael Bordalo Pinheiro. Este, chegou mesmo a criar um jornal semanal com os dois primeiros nomes do político: “O António Maria”. Encontras os exemplares integrais deste jornal clicando no seu nome.

Aqui podes ver a capa do 1.º número, publicado em 12.Junho.1879 e uma das muitas caricaturas que o artista Rafael fez sobre o político António…

Fontes Pereira de Melo e o "fontismo" - 2

Fontes Pereira de Melo, aqui envergando a sua farda de oficial do Exército.

Se clicares no seu nome, poderás saber muito mais acerca deste eminente político português do século XIX.

Fontes Pereira de Melo e o "fontismo" - 1

Nota da Wikipedia:

António Maria de Fontes Pereira de Melo (Lisboa, 1819 — Lisboa, 1887) foi um dos principais políticos portugueses da segunda metade do século XIX. Era filho de João de Fontes Pereira de Melo que foi governador de Cabo Verde por duas vezes. António Maria nunca foi governador de Cabo Verde mas foi eleito deputado pelas ilhas, o que foi o primeiro passo para uma brilhante carreira política.

Depois de um período de agitação política que marcou a primeira metade do século XIX, teve início em 1851 uma nova etapa da monarquia constitucional portuguesa.

Esse período foi chamado de Regeneração, pois os governos tentaram recuperar o atraso em que Portugal vivia em relação a outros países da Europa, através da modernização da administração e do desenvolvimento económico do país. No primeiro governo da Regeneração foi criado um novo ministério, o das Obras Públicas, do qual Fontes Pereira Melo se encarregou.

Fontes Pereira de Melo aumentou o número de estradas, construiu o primeiro troço dos caminhos-de-ferro, que ligava Lisboa ao Carregado, iniciou a construção de outros dois caminhos-de-ferro (Vendas Novas e Sintra) e montou a primeira linha telegráfica.

Além dessas obras, iniciou a revolução dos transportes e das comunicações inaugurando carreiras regulares de barcos a vapor, os serviços postais e as redes telefónicas.

A sua promoção das obras públicas ficou conhecida como o fontismo.